domingo, 27 de abril de 2008

CRUZEIRO 5 X 0 ATLÉTICO

DETALHES DO JOGO

GOLS:
1º Tempo: Marcelo Moreno 12 min., Marcos (contra) 19min., Ramires 38min.,
2º Tempo: Guilherme 21 min. e Wagner 32min.
Público: 48.903 pagantes (51.063 presentes)

Arbitragem: Paulo César de Oliveira (SP)/ Auxiliares: Maria Eliza Correia Barbosa (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)

Escalação:

Atlético
Juninho; Gérson (Renan), Leandro Almeida, Marcos e Thiago Feltri (Agustin Viana); Rafael Miranda, Xaves, Márcio Araújo e Danilinho; Marques e Renan Oliveira (Marcelo Nicácio).

Cruzeiro
Fábio; Marquinhos Paraná, Thiago Heleno, Espinoza e Jadílson (Jonathan); Henrique, Ramires, Charles (Fabrício) e Wagner; Guilherme e Marcelo Moreno (Leandro Domingues).

Goleada merecida no Mineirão

Com gols de Marcelo Moreno, Marcos (contra), Ramirez, Guilherme e Vágner, o Cruzeiro construiu a sua goleada no Mineirão e praticamente decidiu o Campeonato Mineiro de 2008. Afinal, só um milagre dará ao Galo o primeiro título no ano do Centenário. Os alvinegros precisam derrotar o Cruzeiro por pelo menos seis gols de diferença no próximo Domingo.
Ao contrário do que acontece na maioria dos clássicos, o placar (5 X 0) foi justo e refletiu a superioridade do time celeste. A equipe superou o Galo em todos os ingredientes que envolvem uma grande decisão. O Atlético assistiu o adversário jogar e pagou tanto pelas falhas da defesa, quanto pela ineficiência de seu meio campo.


Quando o zagueiro Marcos – que fez uma péssima partida – tentou cortar o cruzamento e marcou contra o próprio time, o Cruzeiro praticamente estava decidindo a partida e isso com apenas 19 minutos do primeiro tempo. De fato, hoje foi um daqueles dias em que tudo dava certo de uma lado, enquanto nada dava certo do outro. Desde a escalação, quando o treinador alvinegro, Geninho, optou por três atacantes, três volantes e por improvisar Gerson na lateral direita, o Galo já começou em desvantagem. Durante a partida, ficou nítida a falta de criatividade no meio e a “avenida” deixada no lado direito da defesa atleticana. Por outro lado, Adílson Batista acertou ao colocar Marquinhos Paraná para marcar o perigoso atacante Danilinho e Charles ocupando o setor onde o experiente Marques tentava construir as jogadas. Com bastante inteligência, os cruzeirenses conseguiram não só neutralizar as investidas, como aproveitar os espaços deixados pelo Atlético.

Nova Avenida Inaugurada no Mineirão
O Cruzeiro chegou aos três primeiros gols aproveitando falhas no lado direito da defesa atleticana. Com velocidade e inteligência, Jadílson e Vágner ocuparam os espaços deixados pelos atleticanos e a ineficiência de marcação do jogador Gérson.

Sem dúvida, as falhas individuais foram decisivas para a construção da goleada. No primeiro gol, Marcelo Moreno aproveitou uma falha do goleiro Juninho e contou ainda com a sorte ao dividir a bola com o zagueiro Leandro Almeida. No segundo, Jadílson não tomou conhecimento do jogador Gérson e cruzou para área, o zagueiro Marcos acabou se atrapalhando no corte e botou para dentro. Já no terceiro, novamente pela esquerda, Vágner lançou Ramirez que deu um belo toque na saída do goleiro. No segundo tempo, o Atlético tentava desesperadamente diminuir a diferença, mas o eficiente time da toca – em ritmo de treino – chegaria a seu quarto gol. Após passe de cabeça de Ramirez, Guilherme dominou e finalizou para as redes de Juninho. Para finalizar a goleada, Leandro Domingues puxou o contra-ataque e deu de presente o gol para Vágner decidir a partida. A jogada nasceu de um erro do zagueiro Marcos (sempre ele), que perdeu uma bola no ataque e propiciou a jogada cruzeirense.

O Maestro Azul
Obviamente, a vitória foi fruto do trabalho de todos os jogadores e também da comissão técnica. O Cruzeiro mostrou vontade, preparo físico, técnica, seriedade e, principalmente, inteligência para vencer a partida. Entretanto, a “orquestra” azul teve sem dúvida um regente: Vágner. O camisa 10 correu bastante, ocupou os espaços, driblou, chutou de fora da área e segurou a bola nos momentos em que o Galo esboçava uma reação. Além disso, ele foi decisivo em pelo menos três gols. No primeiro, cruzou para Marcelo Moreno marcar. No segundo, fez um belíssimo lançamento para Ramirez. Já no quarto gol, acompanhou a jogada de Leandro Domingues e só tocou para as redes.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Entre Zebras e Clássicos


O torcedor brasileiro espera ansiosamente a definição de seus campeões estaduais. Confesso que a maioria desses campeonatos não credencia uma equipe para ser favorita em competições como a Libertadores, o Brasileiro ou a Copa do Brasil. Entretanto, para os que freqüentam os estádios ou assistem às decisões em casa o que vale é comemorar o título. E se este vier contra o grande rival, o sabor da conquista é ainda melhor.
Alguns torcedores, como os cariocas, paranaenses, catarinenses e mineiros, terão um clássico na final de seus campeonatos. Outros, como gaúchos e paulistas, tiveram surpresas ao longo da competição e terão o famoso embate entre “David e Golias”. Embora seja preocupante para os que ficaram pelo caminho, a “zebra” é um dos atrativos que dão certo charme aos Campeonatos Estaduais.


Campeonato Mineiro
Com exceção do rebaixamento do Ipatinga – equipe que disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro neste ano – não houve grandes surpresas na competição e a decisão será mesmo entre os grandes da capital. Cruzeiro e Atlético decidem o Campeonato Mineiro pela 43º vez. A equipe celeste leva uma ligeira vantagem sobre o Galo, pois teve melhor campanha na fase de classificação e joga por dois resultados iguais (dois empates ou uma derrota e uma vitória pela mesma diferença de gols). Entretanto, o cruzeirense – como bom mineiro – deve ficar desconfiado. Afinal, na decisão do ano passado, a Raposa foi surpreendida e perdeu o primeiro jogo por 4 X 0 e, mesmo reagindo no segundo confronto (2 X 0), deixou escapar o título.
O sabor especial da disputa fica por conta do Centenário do Clube Atlético Mineiro que pode conquistar o seu 40º título estadual e aumentar a diferença em relação ao Cruzeiro Esporte Clube (atualmente com 34 títulos). Por outro lado, o rival sempre almeja estragar a festa do seu grande adversário.
A “batalha” começa neste domingo (dia 27) e será decidida no dia 04 de maio. Ambos os confrontos serão realizados, às 16h, no Mineirão.


Campeonato Paulista
Embora seja ruim admitir, os paulistas estão um passo à frente no que diz respeito aos campeonatos estaduais. Além de possuir um maior número de grandes times, as equipes do interior de São Paulo costumam investir mais do que as dos demais estados. Talvez por isso, só restou a são paulinos, santistas e corintianos torcer pela Ponte Preta na decisão contra o “todo poderoso” Palmeiras. Obviamente, existe um grande favoritismo do lado alviverde que investiu pesado para esta temporada. Além do vitorioso Vanderlei Luxemburgo (treinador), o “Porco” trouxe jogadores como Alex Mineiro (atacante), o pentacampeão Denílson e Diego Souza (meias).
Porém, não é impossível que a já centenária Ponte Preta comemore seu Primeiro título expressivo no futebol. Tarefa bastante complicada, pois além de ter uma equipe mais forte, o Palmeiras é quem tem a vantagem nesta decisão e joga por dois resultados iguais (dois empates ou uma derrota e uma vitória pela mesma diferença de gols).


Campeonato Carioca
Botafogo e Flamengo finalmente decidirão quem é o “melhor do Rio de Janeiro em 2008”. Digo finalmente, porque devido ao regulamento da competição, já houveram duas finais: o Flamengo derrotou o mesmo Botafogo na Taça Guanabara e o Botafogo venceu o Fluminense na Taça Rio. Neste final de semana, as equipes começam a decidir o Campeonato Carioca. Cabe ressaltar que não existe vantagem nesse confronto, portanto, se houver igualdade nas duas partidas haverá a decisão por pênaltis.
Como se não bastasse a rivalidade histórica, Botafogo e Flamengo já se enfrentaram três vezes este ano e, apesar da vantagem botafoguense (duas vitórias contra uma dos rubro-negros) e da recente vitória por 3 X 0 na Taça Rio, torcedores e jogadores da Estrela Solitária estão com o “Urubu” engasgado desde a derrota na Taça Rio. Sem dúvida, será um grande jogo, digno da decisão de um campeonato.


Outros Campeonatos
Vale a pena observar a decisão do Campeonato Paranaense que terá Atlético X Coritiba. O “Furacão” que vez grande campanha na primeira fase tem a vantagem contra a equipe do goleador Kenrison. Outra decisão importante será entre Juventude e Internacional pelo Campeonato Gaúcho. Cabe lembrar que, ainda nas quartas-de-final, o Juventude, do técnico Zetti, eliminou o Grêmio com uma vitória em pleno estádio Olímpico. Portanto, apesar de ser favorito e ter um grande time, o Internacional deve se cuidar diante da equipe de Caxias do Sul.

domingo, 20 de abril de 2008

Conheça um pouco mais a Unifei que se oficializará nesta semana em Itabira

DeFato Online - Dom, 20 Abr, 22h20

Prefeitura constrói o Campus, Vale monta laboratório e Unifei cuida da parte pedagógica — esta a parceria inédita feita para funcionamento da Universidade. Três cursos se iniciam em agosto


Da Redação

Entrada do Campus no DI 2: anteprojeto da PMI


A parte física do Campus Avançado de Itabira será construída no Distrito pela Prefeitura, que investe este ano R$ 5,1 milhões no empreendimento. A Vale entra com um sofisticado laboratório e ainda deve absorver grande parte da mão-de-obra. O governo federal liberou R$ 3 milhões de reais para 2008, dirigido a contratação de professores e demais funcionários e mais R$ 7 milhões para o ano que vem.


Outro ângulo do anteprojeto: vista lateral


Todos esses detalhes serão tratados na terça-feira, dia 22, no local em que se erguerá o complexo de prédios do braço itabirano da Universidade Federal de Itajubá (Unifei). A solenidade está marcada para as 15 horas. Além da Unifei, será instalado no campus o Centro de Tecnologia Aplicada, que funcionará como uma plataforma avançada de desenvolvimento e geração de soluções para a indústria brasileira, informa a Vale, que terá executivos disponíveis para entrevista coletiva a partir de 14 horas.


CURSOS

Visão de cima: prédios e outros espaços


A Unifei chega a Itabira com nove cursos já aprovados pelo MEC: Engenharia de Automação Industrial, Engenharia de Materiais, Engenharia de Gestão de Ativos, Engenharia de Otimização de Processos, Engenharia de Gestão Ambiental e Energética, Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Ferroviária e Engenharia de Saúde e Segurança Industrial.


Entrada principal: Unifei no Distrito Industrial II


Para este ano, entram em funcionamento os cursos de Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica e Engenharia de Materiais. O primeiro vestibular será realizado em julho, em dia a ser definido.


Um espetáculo à parte: Campus inédito em Itabira


Vários cursinhos começam a preparar super-intensivo para os próximos dias. Todos devem preparar alunos em 60 dias para as provas.


NÚMEROS


Além dos citados números, eis o que prevê o projeto da Unifei em Itabira:


- 2.250 estudantes freqüentarão o Campus;

- 256 professores e técnicos selecionados em concurso público federal trabalharão na cidade;

- 500 outros empregos diretos serão gerados;

- 800 empregos indiretos serão a primeira repercussão do empreendimento.


De dentro para fora: vista projetada no anteprojeto


As aulas serão iniciadas em agosto deste ano, depois do vestibular de julho, provavelmente no espaço da Funcesi, que está sendo negociado com os parceiros da iniciativa.


Vista panorâmica: Itabira, uma Cidade Universitária


Para o prefeito João Izael Querino Coelho, “com o Campus da Unifei, Itabira comemora seu grande momento e resgata o histórico título de Cidade Educativa, fortalecendo o trabalho de garantia de seu futuro pela educação”. O deputado federal José Santana de Vasconcellos, que cuida da parte política em Brasília, com contatos permanentes no Minstério da Educação (MEC), na Presidência e Vice-Presidência da República, afirmou que a partir de agora Itabira é uma Cidade Universitária.


(Com informações da Prefeitura de Itabira, Vale e Unifei)

terça-feira, 8 de abril de 2008

Gestões Eficientes

Uma das matérias da Revista VEJA (9 de abril de 2008) veículada esta semana em todo o Brasil trás uma reportagem muito interessante sobre a gestão pública realizada pela safra atual de governadores de seis estados brasileiros.

Apesar de independentes e cada um com suas características particulares, onde difere-se, inclusive, o partido de seus líderes, a administração dos estados têm apresentado bons resultados. Menos preocupada com a política, o novo modelo segue o exemplo do setor privado e busca o profissionalismo.

A matéria não utilizou como critério as realizações de cada governo para avaliação do desempenho positivo, mas sim a gestão, comparando administrações de duração diferente e que receberam heranças distintas. Foram considerados: o equilíbrio das contas dos estados, a adoção de práticas voltadas para a qualidade do serviço (como o estabelecimento de sistemas de avaliação de desempenho dos servidores públicos), a profissionalização de postos-chave (como Fazenda, Saúde, Educação e Segurança), a racionalização da atuação do estado (valorizando parcerias com a iniciativa privada para atrair investimentos) e o estabelecimento de agendas de prioridades, com planejamento estratégico.

A escolha dos seis governadores apontados na reportagem não quis dizer que sejam os únicos a se preocupar com a boa gestão, já que governadores de outros estados apresentam bons trabalhos em algumas áreas, mas ficaram de fora por registrar problemas na administração da máquina pública ou no equilíbrio das contas, por exemplo. Também não significa que tenham deixado os bastidores da política, tanto que, todos eles aparecem como potenciais candidatos a presidente ou vice nas duas próximas eleições.

Alguns deles, no entanto, não conseguiram ainda a descontaminação total da velha maneira de fazer política. Arruda renunciou em 2001 para evitar a cassação pela violação do painel de votação do Senado, Campus envolveu-se no escândalo dos precatórios e Sergio Cabral foi aliado do casal Garotinho. O que mostra que não se pode dizer que são administradores perfeitos, mas estão no rumo certo para deixar um legado positivo duradouro, sendo, juntamente com Aécio Neves, José Serra e Paulo Hartung, o grupo que representa uma mudança auspiciosa na maneira de gerir a máquina pública.

Todos eles adotaram mudanças que envolvem itens da mais absoluta racionalidade, já utilizados há muitos anos nas empresas privadas e os efeitos mais concretos se verificam na atração de investimentos. Tudo isso também se reflete nas urnas, como demonstrou Aécio Neves em Minas Gerais e Paulo Hartung no Espírito Santo, foram reeleitos em 2006 com as duas maiores votações proporcionais do Brasil. Como disse o diretor da Macroplan, Claudio Porto, citado na reportagem: "A gestão orientada para resultados dá voto; é essa lição que esses dois governadores passam".

É preciso ressaltar que a administração pública empreendedora existe no Brasil desde o governo de Juscelino Kubitschek, nos anos 50, e foi evoluindo gradualmente de acordo com os governos, porém sempre teve ao seu lado problemas como o desequilíbrio de contas, burocracia estatal e crise inflacionária. A partir de 1994, com a chegada do Plano Real, a estabilização da economia permitiu que as atenções começassem a se voltar para a administração pública e a necessidade da reforma do estado.

Seguindo um processo que começou com as empresas o país passa por um momento de transformação na relação entre o estado e o cidadão. "A iniciativa privada estabeleceu o cliente como foco e criou no cidadão a expectativa de ser tratado assim pelos governos", diz Paulo Roberto Motta, da Fundação Getulio Vargas.

Ainda existem muitos obs- táculos. A máquina pública é comandada por leis retró- gradas, que precisam ser mudadas no âmbito da retomada da discussão da reforma do estado. Mas o esforço fiscal de estados e municípios supera ao da União e começa a ser reconhecido até internacionalmente. Essa mudança é atribuída à exigência de equilíbrio das contas, a partir da Lei de Responsabilidade Fiscal. E como não se pode cortar além de determinado limite nem aumentar a tributação ao infinito, o caminho encontrado foi melhorar a eficiência. Que esse bom exemplo sirva aos próximos governantes, aos atuais e chegue também à Brasília.


Leia a matéria na íntegra:

SOARES, Lucila. Seis homens, um destino. VEJA. Rio de Janeiro. edição 2055 - ano 41 - nº 14, p. 58-66, abril 2008.